O que eu sei de Maria

Existem perguntas sem respostas, incertezas sobre a existência de Maria, de Jesus ... as dúvidas nos afastam dos sentidos e das ações que importam, por isso, me satisfaz o que Maria representa no dia a dia real, na forma de ser, de fazer.

Minha admiração por Maria é incontável, muita gratidão.

Sem Maria, talvez não existisse o Cristianismo, e ele nem perdurasse. Maria representa a grande Missão. Maria é o grande estímulo aos missionários. Além de sua compaixão, a fé de Maria diante das situações difíceis e doloridas são elásticas.

Eu mudei meu percurso para o parque dia desses, e passei em frente a um instituto do governo. Lá, as crianças e jovens que sofrem de imobilidades graves, principalmente causadas por paralisia cerebral ou traumas neurológicos, podem estudar em um ambiente adaptado.

É só ver essas crianças, as dificuldades que enfrentam, por exemplo, para serem acomodadas nos veículos que as transportam, bem como, imaginar as outras dificuldades que elas devem enfrentar, dia a dia, em um mundo que exclui mais do que inclui, para invocar a gratidão que devo ter pela vida que posso e gosto de ter, principalmente por caminhar livremente, enxergar as formas e as cores da Natureza, escutar sons e música, sentir os sabores e odores, saber escrever e poder pensar e falar de acordo com minha mente.

E vi “Maria”, seu jeito de ser, em uma das mães, solitária e em “batalha”, mas confiante apesar do peso e dos obstáculos no caminho, empurrando a cadeira especial e o filho nela, nesse trajeto longo até aquela escola. Um pré-adolescente que nem conseguia manter a cabeça e o tronco eretos. Essa mãe, assim como tantas outras, é Maria, é só o que eu preciso saber de Maria.