A Filosofia Popular





Os ditos populares podem ser também uma expressão da arte popular. É possível encontrar muita sabedoria nos ditos populares. Eles têm tanto valor quanto os pensamentos mais elaborados dos filósofos ou grandes pensadores.

Pode-se encontrar ressonância entre fatos e situações vividos em sociedade com os ditos populares criados pelo coletivo humano ao longo de sua existência, e vice-versa.

Eles surgem espontaneamente das relações humanas em sociedade, da vida real. Com empirismo e sem perícia científica, o experimento repetitivo de um fato ou situação, em um período da história humana, é encarado pela mente coletiva como uma constatação ou expectativa, com probabilidade de repetição futura. 

Eles são construídos com influências dos costumes morais, culturais, religiosos, políticos e sociais, que transformam o pensamento coletivo ao longo do tempo. Assim, da mesma forma que surgem, eles desaparecem.

Os provérbios populares são construídos naturalmente com fala simples, objetiva, e muitas vezes por meio de metáforas sem complexidade. E com apoio da tradição familiar, eles ganham aderência na sociedade, sendo perpetuados ou eternizados, de geração à geração.

A linguagem Portuguesa incorporou muitos provérbios, como esta amostra que segue: 

"Deus ajuda quem cedo madruga"

"Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos"

"Antes tarde do que nunca"

"O pior cego é aquele que não quer ver"

"Quem vê cara, não vê coração"

"A Esperança é a última que morre"

"Há males que vêm para o bem"

"Alegria de pobre dura pouco"

"Deus escreve certo, mas por linhas (que parecem) tortas"

"Mentira tem perna curta"

"Cada um colhe o que planta"

"Mais vale prevenir do que remediar"

"De onde não se espera é que vem"

"Nada como um dia após o outro"

"A voz do povo é a voz de Deus"

"Cavalo dado não se olha os dentes"

"O homem é senhor do que pensa, mas escravo do que fala"

"Apressado come cru" ou "A pressa é inimiga da perfeição"

"Mais vale um pássaro na mão do que dois voando"

"A necessidade é a mãe das invenções"

"Não há rosas sem espinhos"

"Diga-me com quem andas e te direi quem és"

"Quem ama o feio, bonito lhe parece"

"Na necessidade, se prova a amizade"

"Quando um não quer, dois não brigam"

"Para bom entendedor, meia palavra basta"

"É o olho do dono que engorda o gado"

"A boca fala do que o coração está cheio"

"A palavra é prata, o silêncio é de ouro"

"Os últimos serão os primeiros" ou "Os humilhados serão exaltados"

"Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe"

"Cada um sabe onde lhe aperta o sapato"

"Onde há fumaça, há fogo"

"Um dia é da caça, outro é do caçador"

"Quem tudo quer, nada tem"

"Amigos, amigos, negócios à parte"

"Agora, Inês é morta" ou "Não adianta chorar sobre o leite derramado"

"O seguro morreu de velho"

"Cachorro que late não morde"

"Pimenta nos olhos dos outros é refresco"

"Quem tem boca vai à Roma"

"A corda sempre arrebenta do lado mais fraco"

"De médico e louco, todo mundo tem um pouco"

"Devagar se vai longe"

"Esmola demais até o santo desconfia"

"Filho de peixe, peixinho é"

"Mente vazia, oficina do diabo"

"Nem tudo que reluz é ouro"

"Casa de ferreiro, espeto de pau"

"Não deixe para amanhã aquilo que pode fazer hoje"

"Roupa suja se lava em casa"

"Quem não tem cão, caça com gato"

"Quem com ferro fere, com ferro será ferido"

"A gente conhece as pessoas pela maneira como elas saem de nossa vida, e não pela maneira que elas entram"

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