Nunca Te Vi, Sempre Te Amei

 


O filme "84 Charing Cross Road" recebeu o título em português, na versão brasileira,  de "Nunca te Vi, Sempre te Amei". 


A escolha de "Nunca te vi, Sempre te amei" talvez tenha sido por apelo publicitário, para instigar curiosidade sobre a estória. Mas, talvez, esse mérito também seja da língua portuguesa, privilegiada pela extensão de vocabulários, muitos deles propícios à poesia e ao romantismo. E quem costuma estereotipar o Amor apenas como paixão entre duas pessoas, e desconhece a estória, pode equivocadamente pensar que se trata de um romance.


É a estória de puro afeto que acontece em um tempo desprovido das facilidades atuais da internet e redes sociais. Um homem e uma mulher, vivendo em continentes distantes, mas que nutrem afinidades, como o interesse comum pela Literatura, e pelos livros, especialmente os antigos e raros. 


Ele, gerente da livraria-antiquário do número 84 da Charing Cross Road, em Londres. Ela, escritora, de Nova Iorque, que solicita livros por carta. As formalidades entre cliente e fornecedor vão naturalmente dando lugar à uma amizade, através das cartas, e que se prolonga por 20 anos. As conversas escritas satisfazem a ambos mais do que a curiosidade sobre voz e fotografia. 


No final dessa estória, quando surge a oportunidade de estar em Londres, ela faz uma visita surpresa à livraria, mas infelizmente eles não se encontram. Com o inesperado fim é possível perceber que "Nunca te vi, Sempre te amei" é sim um título adequado para uma estória real de amizade, escrita por Helene Hanff, autora e protagonista da própria obra.



https://www.youtube.com/watch?v=sg1o46QRLP0

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